Teologia
A teologia grega antiga girava em torno do politeísmo, isto é, existiam diversos deuses e deusas. Havia uma hierarquia de divindades, com Zeus, o rei dos deuses, mantendo um certo nível de controle sobre todos os outros. Cada divindade geralmente mantinha um domínio sobre determinado aspecto da natureza; Posidão, por exemplo, controlava os mares e os terremotos, e Hiperião o Sol. Outras divindades exerciam seu domínio sobre determinado conceito abstrato, como por exemplo Afrodite, que controlava oamor.
Embora fossem imortais, os deuses não eram onipotentes; obedeciam ao destino, que se impunha a todos eles. Na mitologia grega, por exemplo, o destino de Odisseu era retornar ao seu lar, em Ítaca, após a Guerra de Troia, e embora os deuses pudessem dificultar sua jornada e torná-la mais demorada e difícil, não tinham a capacidade de impedi-lo.
Os deuses agiam como humanos, com quem partilhavam os mesmos vícios. Também interagiam com os seres humanos, por vezes mesmo tendo filhos com eles. Alguns deuses se opunham a outros, e tentavam superá-los. Na Ilíada, por exemplo, Zeus, Afrodite, Ares e Apolo apoiam o lado troiano na Guerra de Troia, enquanto Hera, Atena e Posidão apoiam os gregos (ver teomaquia).
Alguns deuses eram associados especificamente com uma determinada cidade. Atena, por exemplo, era associada à cidade de Atenas, Apolo com Delfos e Delos, Zeus com Olímpia e Afrodite com Corinto. Outras divindades eram associadas a nações fora da Grécia; Posidão, por exemplo, era associado à Etiópia e Troia, e Ares com a Trácia.
A identidade dos nomes não era uma garantia de cultos semelhantes; os próprios gregos tinham consciência de que a Ártemis venerada em Esparta, a caçadoravirgem, era uma divindade muito diferente da Ártemis de Éfeso, uma Deusa da fertilidade com diversos seios. Quando obras literárias como a Ilíada relatavam conflitos entre os deuses, estes conflitos ocorriam porque seus seguidores estavam em guerra na Terra, e eram um reflexo celestial do padrão terreno das divindades locais. Embora o culto das principais divindades tenha se espalhado de um lugar a outro com frequência, e embora as maiores cidades tivessem templos aos principais deuses, a identificação de diferentes deuses com diferentes locais permaneceu forte até o fim da prática do politeísmo nestas regiões.
Divindades menores
Divindades menores, relacionadas de alguma maneira aos Deuses Olímpicos, também existiam. Um dos mais populares era Dioniso), Deus do vinho e do êxtase espiritual, filho de Zeus. Outros eram Pã, Deus dos pastores e da música folclórica, e Hécate, Deusa das magias.
Era possível que um ser humano mortal se tornasse um Deus imortal; um destes exemplos era Héracles, filho de Zeus com uma mãe mortal. Por realizar feitos heroicos e por sua herança semi-divina eventualmente recebeu a opção de se tornar um dos doze deuses do Olimpo; Héracles recusou a generosa oferta, porém se tornou um imortal. Também existiam divindades do lar, semelhantes aos lares romanos.
Divindades primordiais e Titãs
Um terceiro grupo de divindades eram as divindades primordiais, consideradas as primeiras divindades, tais como Caos, o ser que incorporava o caos primevo, e Gaia, a Deusa da Terra. Embora fossem ocasionalmente venerados, não eram tão popular quanto os Deuses Olímpicos.
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